
Parabéns Aline Thompson!
Obrigada por ser a melhor e mais perfeita BFF!
Te amo!
S2
Uma senhora muito religiosa e piedosa certa vez se aproximou de um jovem rapaz para fazer-lhe uma pergunta. Ela sabia que aquele rapaz havia se formado em Teologia e portanto considerava-o alguém em cujo conhecimento confiava. A senhora perguntou-lhe se poderia fazer uma pergunta e o rapaz simpaticamente consentiu. “Os anjos existem?” perguntou a senhora.
O rapaz estava pronto para responder que “os anjos são figuras folclóricas do imaginário religioso judaico que surgiram como fruto do trauma cultural que aquele povo sofreu com o exílio na Babilônia, mas não havia bases para se firmar a crença em sua existência”. Porém ao ver a expectativa nos olhos da piedosa senhora que parecia ansiar por um “Sim, eles existem” o rapaz deteve sua resposta com pena de tirar-lhe algo que lhe dava conforto. Incapaz, porém também de trair seu conhecimento acadêmico, ele sorriu e disse “Vou ensiná-la a saber a resposta! A senhora deve olhar para o céu durante a noite!”. Ouvindo isso a senhora se foi
À noite confiante no rapaz a senhora foi para o quintal de sua casa e deitou-se num banco de jardim, de modo que via apenas o céu noturno. Naquela noite o céu estava limpo com algumas estrelas. Primeiro a senhora observava como era escuro o céu, pensando coisas que parecem bobas como “até onde vai?”, “como sou pequena diante desse enorme céu!”. Tomada desses pensamentos e diante do escuro céu da noite a senhora sentiu uma desconfortável sensação de temor, um quase medo, sentindo-se insegura. Foi quando ao vagar os olhos viu uma das poucas estrelas visíveis aquela noite. Vendo a estrela a senhora pensou “Como é linda a luz daquela estrela!”, “Como ela se mantém ali em cima?”, “Como sua luz branca e bonita viaja até tão longe para enfeitar esse céu escuro?”. Pensando essas coisas e admirando a estrela a senhora sentiu-se segura, feliz, amparada, seu temor simplesmente desapareceu dando lugar à esperança e uma diferente alegria.
Nas noites que se seguiram ela deitava novamente naquele banco, e admirava as estrelas ainda buscando suas respostas. Houve noites de céu repleto de lindas estrelas que enchiam o coração da velha senhora de alegria e em outras com menos estrelas, mas sempre com estrelas e todas as noites a senhora ia à mesma hora ver as estrelas. Isso se repetiu por várias noites até que em uma noite quando o céu estava completamente encoberto de grandes e negras nuvens que não permitiam ver nem uma estrela sequer, senão a escuridão com jeito de mal tempo. Nessa noite quando a senhora deitou-se no banco de seu quintal e teve diante de si apenas as nuvens negras, aquela primeira sensação de desconforto e temor começou a tomar-lhe novamente o coração. Porém algo logo aconteceu. Ela se lembrou da beleza das estrelas e que mesmo que ela não estivesse vendo, as estrelas estavam lá.
Nessa noite ela soube a resposta.
Vou aproveitar pra contar sobre algo que algumas pessoas andam me pedindo pra contar.
Aline e eu estudávamos no Colégio Laranjeiras e tínhamos tipo catorze anos. Algumas pessoas (um monte pra falar a verdade) diriam que a Aline “salvou a escola de uma praga”! Visto que andava por lá uma garota que perturbava todo mundo! Ela fazia o tipo “bad girl” antipática e gostava de andar fazendo cara feia. Fazia aula de luta e treinava batendo em todo mundo (inclusive nos meninos) da escola; humilhava os meninos que gostavam dela e vivia arrumando encrenca! Cara, ela era o Lex Luthor da escola! Ela implicava com a Aline também. Pra dizer a verdade, principalmente com a Aline (tipo sem motivo. Só por que achava a Aline “emo” e “nerd”). E fazia um monte de coisas pra provocá-la. Até colar chiclete na carteira dela pra ela sentar e estragar a calça nova e depois rir e debochar... e coisas assim. (Acho que isso se acentuou bastante quando depois de maltratar tanto os meninos ela acabou gostando de um garoto que não dava bola pra ela. E pra piorar o menino gostava da Aline, mas a Aline não gostava do menino! Era o Gustavo, pronto contei!). Aline evitava a todo custo sair da paz e não caía nas provocações dela. Até que um dia ela me atacou deliberadamente (a malvada costuma se referir a mim como “mosca morta”)! No fundo a bad girl me atacou pra atingir a Aline. Ela veio pra cima de mim, jogou meu lanche no chão e me cercou no canto da cantina e disse que iria me bater (Assim sem motivo nenhum! Quer dizer o motivo era provocar a Aline que estava perto e não deixaria me baterem! Andava anunciando que iria surrar a Aline no pátio tipo um showzinho pra todo mundo). Quando Aline viu aquilo e eu tremendo “feito vara verde” (meu pai fala assim) na frente da “rainha do jiu-jitsu” Aline entrou entre a gente e pediu pra garota parar. Mas a malvada foi pra cima dela! Só que pra surpresa dela e da escola (e pra minha também) a briga não durou muito. Foi só um soco da Aline bem no nariz da malvada, que foi a nocaute na frente da escola inteira. (Pra dizer a verdade ficamos super nervosas quando vimos a garota no chão com sangue no nariz. Que horror! Aline ficou olhando nervosa com as mãos no rosto e pedindo desculpa). Resultado: Aline ganhou uma suspensão de uma semana por brigar na escola e ficou de castigo em casa. E nem adiantou todo mundo ter visto que ela não começou nada e só se defendeu! (e me defendeu ). Os pais dela ficaram possessos! Mas acabaram acreditando em mim. E a malvada saiu da escola com vergonha de ter levado a pior “na mão” e apanhado de uma “emo nerd”. A Aline não se orgulha nem um pouco disso. Aline é completamente contra a violência, que, como ela mesma diz, é um recurso que ninguém deveria pensar em usar. Além de que atitudes violentas costumam ter efeito dominó! Foi um caso de defesa pessoal mesmo! Não tinha como, a malvada foi pra cima e iria acertá-la se ela não se defendesse. Aline ficou muito chateada com isso e me disse que preferia que as coisas tivessem se resolvido de outra forma. E no fundo aquela menina malvada criava era um muro em torno de si para se proteger dos seus medos pessoais! Eu também assim como Aline, preferia que ela tivesse sido amiga nossa e nunca fizemos nada pra ela não gostar da gente.
Mas pra algumas pessoas (pra falar a verdade todo o turno da manhã do colégio) A Aline ficou sendo uma espécie de heroína salvadora do nosso recreio; agora poderíamos aproveitá-lo em paz. Graças à minha “super-girl” que me salvou!
A Aline ficou super mal com aquilo e naquele dia ela foi para o Arpex (Arpoador) olhar o Sol se por. É muito bonito e ela gostava de ir lá por que a fazia sentir bem sempre! Eu sabia que ela deveria estar lá e fui lá e a encontrei... então eu a abracei e fiquei lá assistindo com ela.
Ah sim! Sobre a Malvada, ouvi dizer que a mãe dela ficou sabendo que ela que provocou e ouviu falar de um monte de encrenca ela aprontava e colocou a malvada num castigo quase interminável!
Recado: Não caia em provocações e evite brigar! Não precisa acertar o nariz da malvada (a Aline usou o único recurso que lhe sobrava àquela altura)! Existem modos melhores de resolver as coisas! Violência não é bom.
Pergunte à Aline em:
http://www.formspring.me/emowiz